Lula diz que país precisa de "remédio correto" na crise

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que país precisa aplicar o "remédio correto" para combater a crise financeira global.


Em discurso na inauguração da expansão da usina hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, distribuído pelo Planalto, Lula voltou a afirmar que a crise é grave e criticou os que parecem torcer para que a turbulência afete de maneira acentuada a economia brasileira.
"Eu tenho dito que para enfrentar essa crise, temos que olhá-la como médico responsável, temos que saber que a doença tem gravidade, mas que se a gente der o remédio correto a gente não precisa ficar fazendo apologia da morte como alguns fazem todo dia, torcendo para que a crise chegue ao Brasil", afirmou o presidente.
Lula reconheceu que a crise traz problemas a certos setores da economia, mas buscou destacar condições particulares do país para suportar a turbulência.
"Os exportadores poderão perder um pouco, nós temos que procurar novos mercados, mas nós temos potencial de mercado interno que poucos países no mundo têm. Nós temos uma sociedade ávida a comprar."
O presidente afirmou que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não serão interrompidas e conclamou os empresários brasileiros a manter os investimentos e as obras.
"Por favor, não parem... porque essa crise pode trazer percalços momentâneos, com a recessão na Europa e nos Estados Unidos", pediu Lula, apostando na capacidade do país superá-la.
Lula enfatizou que o Brasil não tinha nenhum banco envolvido com o subprime, o que preveniu o país de quebras que ameaçassem o setor bancário.
"Nós vamos reagir assim: mantendo as obras, incentivando os empresários a continuar investindo, fazendo com que o crédito volte a irrigar todo o sistema neste país", afirmou.
Para o presidente, o futuro governante dos Estados Unidos não permitirá que a crise perdure muito, porque a economia não suportaria. Lula defendeu que o Brasil esteja preparado para o período pós-crise.
"...Na hora em que esse vendaval passar, quem estiver mais preparado vai ganhar o jogo."

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