CUIDADO COM Á HIPERTENSÃO!

sábado, 14 de junho de 2008


J. S. de 46 anos, comerciante, sem problemas de diabetes, colesterol e hipertensão, apresentou um quadro de desconforto no peito, náuseas e não chegou vivo ao hospital. Diagnóstico de infarto fulminante. Como isso pode acontecer?As doenças do coração apresentam a principal causa de morte nos Estados Unidos. No Brasil, apesar da subnotificação, o Datasus registra que as doenças cardio- vasculares são responsáveis por 32% das mortes. Esse artigo, destinado ao leitor de A TARDE, tem como objetivo chamar a atenção do problema, falar sobre os sinais e sintomas, fatores de risco e, sobretudo, como prevenir essa doença devastadora.
O infarto do miocárdio (IAM) faz parte de um grupo de patologias conhecidas como doenças isquemicas do coração que engloba angina do peito, infarto do miocárdio e a morte súbita. O termo síndrome coronariana aguda é também utilizado para os quadros de dor toráxica relacionadas à angina e ao infarto.Apesar dos fatores de risco estarem bem estabelecidos, como tabagismo, hipertensão, diabetes, alteração nas gorduras (colesterol, triglicerides), o paciente em questão teve doença coronariana sem os clássicos fatores de risco. Cerca de 40% dos indivíduos com doenças coronarianas não se encaixam nesse perfil clássico, e sofrem de infarto ou têm morte súbita, sem que tenham feito uma avaliação médica correta. É preciso saber mais sobre a doença para se adotar estratégias de prevenção.

É uma lesão do músculo cardíaco provocada por obstrução da artéria que nutre o coração ou um dos seus ramos – a artéria coronária. O entupimento da artéria resulta em isquemia e o tecido deixa de receber sangue, oxigênio e nutrientes. A duração e a extensão da oclusão determinam o tipo de manifestação da doença: angina estável, angina instável, infarto e morte súbita. Pode ocorrer morte do tecido (necrose músculo cardíaco) se a área for muito grande na dependência do tamanho da artéria pode haver infarto, morte súbita ou falência do coração de modo crônico e inexorável, ficando o paciente com insuficiência cardíaca que limita sua qualidade de vida e tem um prognóstico ruim a médio prazo. A angina do peito é uma dor que resulta geralmente da obstrução intermitente do fluxo sangüíneo. Como a doença é um processo dinâmico e contínuo, a placa de ateroma (gordura) se rompe, ativando a coagulação do sangue no local e formando o trombo que pode obstruir totalmente as artérias coronárias (infarto) ou de modo intermitente (angina instável). De angina instável para o infarto o tempo pode ser curto .
Pode haver infarto sem placa de gordura?
Sim. Às vezes uma determinada artéria se contrai temporariamente estreitando e o fluxo de sangue fica diminuído ou interrompido. O efeito é o mesmo da placa, porém as razões desse fenômeno não são compreendidas em muitas situações. Pessoas que usam cocaína podem ter espasmo na coronária e infarto fulminante.
Como diferenciar o infarto da angina e outras dores no peito?
Muitos problemas de saúde podem causar dor no peito, como, por exemplo, indigestão, ansiedade, inflamação no pericárdio, dor muscular, entre outras situações. A orientação médica é fundamental.
•Dor em aperto com ou sem fator desencadeante e pode ocorrer repouso;•Não melhora com repouso e nem com medicações para angina;•Pode ser acompanhada de náuseas ou vômitos, apreensão, palidez, sudorese, intensa falta de ar, desmaio.•Irradiação para o braço esquerdo (85%) ou braço direito (15%), pescoço, ombro ou mandíbula.

•Dor em aperto, no tórax ou na região do estômago, geralmente após esforço físico ou um fator desencadeante.•Melhora com repouso, dura cerca de 10 minutos;•Melhora com medicações para angina (vasodilatadores).
Atenção: em qualquer das situações procure orientação. O atraso pode ser prejudicial ou fatal. Em muitos casos, quando ocorre um ataque cardíaco, o coração sofre de um processo de alteração do ritmo. E um tratamento imediato com a desfibrilação (choque) pode salvar o paciente da morte. Por essa razão, cada vez mas em locais de grande concentração de pessoas como fábricas, aeroportos e universidades, recomenda-se atendimento pré-hospitalar e pessoal treinado para operar esses aparelhos – os defibriladores. O tempo para salvar uma vida nesses casos é de poucos minutos. No movimentado aeroporto de Chicago o treinamento de pessoal e a popularização dos desfibriladores tem salvo centenas de vidas nos últimos anos.
Prevenção de doenças cardiovasculares

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